Reunião tratou sobre extrapolação de jornada de trabalho nas agências da Caixa no Maranhão
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Na última terça (11) foi realizada no Ministério Público do Trabalho em Caxias, audiência sobre extrapolação de jornada de trabalho nas agências da Caixa no Maranhão, com representantes do banco e do SEEB-MA.
Ainda em 2014, após denúncias de jornada excessiva em algumas agências da Caixa, feitas pelo sindicato, o MPT de Caxias constatou as irregularidades e instaurou Ação Civil Pública contra o banco. Tomando ciência, posteriormente, através de novas denúncias do SEEB-MA, que as mesmas práticas ocorriam em outras agências do banco, o procurador do caso resolveu pedir o sobrestamento e, em seguida, desistir da ação em curso, a fim de analisar todos os fatos levantados e verificar a necessidade de propor nova ação com alcance, dessa vez, em todo o Estado do Maranhão.
Na audiência, os diretores regionais Pietro Marino (Imperatriz) e Henry Rommel (Caxias) declararam ao procurador que o desrespeito à jornada de trabalho persiste nas agências da Caixa do Maranhão. Pietro informou que há diversas agências da Caixa no Estado em que os funcionários laboram até às 21horas, horário em que o sistema dos caixas trava. Henry, por sua vez, disse que nos dias de maior movimento na agência de Caxias, compreendendo o 26º dia até o 6º do mês seguinte, as filas começam a se formar defronte à única agência da cidade às 5h, e os empregados, por questão de humanidade, comprometem-se a atender todos até o horário necessário, extrapolando a jornada, frequentemente, nesse período; acredita que isso se dá em razão da falta de empregados, embora haja candidatos aprovados em concurso público.
A partir das informações prestadas pelos dois diretores, o procurador requisitou à Caixa, para apresentação em trinta dias, o registro do ponto eletrônico dos funcionários de seis agências e de outros documentos capazes de demonstrar as jornadas exaustivas a que a Caixa submete os seus funcionários em todo o Estado do Maranhão.
O diretor Pietro fez questão de registrar, ainda, que o propósito do Sindicato não é penalizar a empresa e, sim, lutar pelo seu fortalecimento, com a contratação de mais funcionários e a abertura de novas agências, para garantir melhores condições de trabalho e mais qualidade de vida para os bancários e, melhores condições de atendimento ao público.
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