Dia de reflexão contra os ataques do Governo e dos banqueiros contra a categoria bancária.
Em 28 de agosto de 1951, o movimento sindical bancário conquistava um aumento salarial de 31%, após 69 dias de uma greve forte, com adesão massiva da categoria. Nascia, assim, em meio a muitas lutas, o Dia Nacional dos Bancários. De 1951 até 2017, muitos direitos foram conquistados ou – pelo menos – mantidos pela categoria, apesar do atrelamento da maioria dos sindicatos e das centrais sindicais ao Governo Federal e aos banqueiros.
Esse atrelamento enfraqueceu a luta dos trabalhadores, desmobilizou a base e abriu caminho para ataques, como a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência. Agora, no Governo Temer, tais medidas foram postas em prática, colocando os bancários brasileiros e os trabalhadores em geral diante do maior retrocesso social e – também – da maior ameaça aos seus empregos e aos direitos históricos conquistados com muita luta, mortes e lágrimas.
A Reforma Trabalhista, que inclui a Lei das Terceirizações (13.429/2017) e as modificações na Consolidação das Leis do Trabalho (13.467/2017), aprovada unilateralmente pelo presidente Temer e por esse Congresso Nacional corrupto, poderá causar prejuízos sem precedentes aos trabalhadores, sobretudo, com a prevalência do negociado (acordos coletivos ou individuais) sobre o legislado (CLT), medida prevista na Reforma, que ocasionará o aumento da desigualdade nas tratativas entre patrões e empregados, fragilizando os sindicatos, com o objetivo real de retirar ou reduzir direitos, bem como cortar postos de trabalho diretos para a contratação de terceirizados para realizar as atividades principais das empresas, o que já começa a acontecer por meio das reestruturações nos bancos públicos e privados, com o fechamento de agências e demissões em massa.
Neste momento, mais do que nunca, o Dia 28 de agosto, em especial para os bancários, deve ser lembrado como um dia de luta e não de festa, dia em que a categoria deve trazer a memória, seu passado de lutas e conquistas, conscientizando-se de que, somente por meio de uma forte Campanha Nacional e uma greve geral unificada, a categoria poderá sobreviver aos ataques do Governo Temer, com a garantia do emprego, mais contratações, combate às terceirizações, às reestruturações, as demissões e, sobretudo, sem nenhum direito a menos!
Confira, na íntegra, a edição digital de março/2024 - edição extra do JB
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!