As redes sociais têm sido usadas para disseminar ódio e racismo. Com a sensação de impunidade, perfis são criados com a intenção de ofender pessoas pela cor de pele, gênero, sexualidade ou religião. Uma pesquisa revela que 81% das vítimas de discursos racistas no Facebook são mulheres negras na faixa etária de 20 a 35 anos.
O perfil majoritário das pessoas que se engajam na prática de construção e disseminação dos discursos preconceituosos (65,6% dos casos analisados) são homens jovens na faixa etária de 20 anos. Através de piadas depreciativas contra a mulher negra, transmitem ódio nas redes sociais, excitando outros jovens a curtirem e a compartilhar tamanha insanidade.
Segundo o autor da pesquisa, Luiz Valério Trindade, doutorando em sociologia pela Universidade de Southampton (Inglaterra), as principais motivações para os discursos é a existência de uma forte crença sobre o pseudo-anonimato das redes sociais. Muitas vezes, essas pessoas não têm ligação direta com os ofendidos. Em 76,2% dos casos analisados, não tinham qualquer tipo de relacionamento prévio com a vítima (tanto online quanto off-line).
Fica claro que existe uma motivação ideológica, de um racismo arraigado, em que se acredita na ideologia do branqueamento, ou seja, a crença de que a branquitude é sinônimo de modernidade, beleza, civilidade e progresso, enquanto que a negritude seria exatamente o oposto.
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