Segundo denúncia feita pela Folha de S. Paulo, a Caixa prepara uma reserva de até R$ 7 bilhões contra eventuais calotes imobiliários. A decisão teria sido um pedido do presidente do banco, Pedro Guimarães.
A provisão extraordinária deve cobrir ainda a desvalorização de imóveis que foram retomados pela instituição financeira. Vale lembrar que a Caixa é o maior financiador imobiliário do Brasil. Em setembro, registrou carteira de R$ 440 bilhões em empréstimos.
A grande questão é que, caso a reserva de R$ 7 bilhões seja efetivada, o lucro anual do banco será reduzido para menos de R$ 10 bilhões, o que impacta no pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos empregados.
Nos três trimestres de 2018, o lucro líquido da empresa chegou a R$ 11,5 bilhões, com previsão de aumento para R$ 16 bilhões até dezembro.
Além de ligar o sinal de alerta dos trabalhadores, a decisão de criar a reserva extraordinária teria gerado insatisfação entre os executivos da Caixa. A ordem do presidente Pedro Guimarães é considerada como uma desautorização às práticas adotadas até o fim do ano passado. A gestão tinha o aval de auditores independentes, do Banco Central e do TCU (Tribunal de Contas da União).
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