PLANTÃO / INSEGURANÇA BANCÁRIA

Vítima de saidinha bancária no Anil é indenizada pelo Banco do Brasil

10/05/2017 às 12:09
MA10

Uma mulher que sofreu um assalto no ano passado, no momento em que deixava uma agência do Banco do Brasil, no bairro Anil, foi indenizada por danos morais no valor de R$ 10 mil. O advogado que a representou, Paulo de Tarso Ferreira Coelho, conseguiu a conciliação na 1ª Vara Cível de São Luís.

Nos autos, o relato que consta é de que a vítima estava efetuando saques e transações bancárias na agência para pagamento de funcionários da empresa onde trabalha, quando percebeu a presença de um homem “bem trajado”, como ela descreveu, que estava parado como se aguardasse atendimento.

Contou a requerente que assim que ouviu o barulho da máquina de contar cédulas, o desconhecido entrou no guichê sem ser chamado, pedindo informações para levantamento de valores sem provisionamento e sem cartão, enquanto observava tudo que ela fazia. Minutos depois, ao deixar a agência, a mulher foi abordada por um homem que saiu de um Celta branco, que lhe roubou a quantia de R$ 7 mil, e fugiu no veículo, onde já o aguardava o mesmo indivíduo que observara as transações feitas por ela na boca do caixa.

FALHA DE SEGURANÇA

O advogado de defesa da vítima alegou que a falha foi do banco, que não adotou procedimentos que garantissem a segurança nas transações no guichê e permitiram que o indivíduo repassasse informações para que o furto ocorresse fora da agência. Também foi argumentado que em muitas agências só pode adentrar a área dos caixas as pessoas que possuem senha e que o controle de acesso é feito pelo segurança posto na entrada dos guichês, procedimento inexistente no BB do Anil.

O advogado anexou também à sua petição ofícios em que o 11° Distrito Policial solicita as imagens da câmera de segurança do caixa interno, não cedidas pela agência, embora tenham sido mostradas pelo gerente em momento anterior, constatando que o mesmo homem que adentrou indevidamente na área dos caixas entrou no carro usado no assalto. O juízo estipulou multa de 10% sobre o valor da indenização em caso de descumprimento.