A crescente onda de assaltos a bancos tem gerado um sentimento de medo e insegurança que toma conta de funcionários, clientes e vigilantes. O clima de terror instalado nas agências contribui para que o mercado de trabalho se revele um foco de doenças como depressão e estresse.
A situação de risco recorrente no dia a dia dos bancários, o medo dos roubos e seqüestros, inclusive de familiares, isso quando não termina com caso de vítimas fatais, costumam deixar seqüelas. Como conseqüência, o adoecimento da categoria com sintomas como síndrome do pânico e stress pós-traumático.
De acordo com especialistas, algumas patologias podem surgir em até um ano após a ocorrência da violência. A tensão ocasionada pelo sentimento de temor e insegurança, gera distúrbios psicológicos e é um dos fatores que provoca o afastamento do trabalho.
A tendência é comprovada com o aumento no número de brasileiros afastados pelo INSS com problemas psicológicos. As concessões de auxílio-doença para casos de transtornos mentais e comportamentais cresceram 19,6% no primeiro semestre de 2011, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O setor bancário é o mais afetado e a falta de segurança é um fator que contribui, e muito, para os problemas de saúde.
CAT é direito
Os bancários devem ficar atentos, pois a emissão da Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT) não garante afastamento automático do trabalho, mas é prova do registro do fato e da exposição do empregado ao risco e violência. É obrigação da empresa e deve ser emitida até 24 horas após o assalto a todos os trabalhadores presentes no local. O documento pode justificar um futuro afastamento, caso o funcionário apresente transtornos psicológicos após o trauma, cujos efeitos podem surgir depois de um longo tempo depois do ocorrido.
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!