Santander tem demitido bancários em tratamento de saúde em diversas cidades do país.
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O SEEB-MA repudia a insensibilidade e a falta de respeito do Santander com os seus funcionários. No mês de outubro, em mais uma leva de demissões injustificadas, o banco desligou uma trabalhadora que está em tratamento contra um câncer. Mesmo ciente do diagnóstico da bancária, o gerente geral da agência, em Bauru (SP), confirmou a demissão.
De acordo com o diretor do SEEB-MA e funcionário do Santander, Marcelo Bastos, esse desligamento poderia ter ocorrido em qualquer lugar, sendo revoltante por evidenciar a política cruel adotada pelo banco. Ou seja, voltada exclusivamente para o lucro, à custa da exploração e do adoecimento dos empregados.
“Não é a toa que o Santander é uma das empresas que mais adoecem trabalhadores no país, tendo sido condenado a pagar R$ 274 milhões por dano moral coletivo” – afirmou Marcelo.
Para piorar a situação, a cada 2 horas e 48 minutos, um bancário adoece no Santander e dois bancários são afastados por dia, sendo a principal causa: o adoecimento mental, fruto do assédio moral, das metas abusivas e das cobranças excessivas.
“Apesar das condenações judiciais, o banco continua a adotar essas atitudes perversas, o que é inadmissível, cabendo à Justiça aplicar multas cada vez mais pesadas, a fim de fazer com que o banco sinta no bolso o peso de sua crueldade com clientes e funcionários” – ressaltou.
O diretor afirmou, ainda, que o Santander deveria, na verdade, se abster dessas práticas, contratar mais bancários e abrir novas agências, pois o lucro do banco, no Brasil, não para de crescer, totalizando mais de R$ 10 bilhões somente nos primeiros nove meses de 2019.
Em contrapartida, o número de funcionários e locais de trabalho no Santander é menor do que os dos seus concorrentes. Quanto à bancária demitida, o SEEB-MA espera que o SEEB Bauru consiga cancelar essa demissão injusta. “Exigimos respeito” – finalizou Marcelo.
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!