Não bastaram as declarações na imprensa. O dono do Itaú, Roberto Setúbal, publicou artigo junto à aliada Folha de S.Paulo deste domingo (02/07), sob o título A importância da reforma trabalhista, para defender, mais uma vez, a aprovação da reforma nefasta do governo Temer.
As justificativas apontadas pelo banqueiro são as mesmas elencadas por Temer e já totalmente rebatidas pelo movimento social e sindical. No artigo, Setúbal vende a ideia de “modernização das relações laborais”, mesmo a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) já tendo passado por atualizações de 80% dos artigos desde a fundação, em 1943.
Além disso, o dono do maior banco privado do país afirma que as mudanças, somadas à terceirização, vão aumentar “a eficiência e a competitividade das empresas, o que deverá levar a uma maior oferta de emprego”. Balela do sistema financeiro, já que, com o rebaixamento dos salários, haverá menos poder de compra para consumir e fazer a economia crescer.
O último disparate ainda consegue ser pior. Roberto Setúbal cita que os números de processos trabalhistas no Brasil chegam a quase quatro milhões, o que, para ele, é muito. Mas é importante lembrar ao banqueiro que o percentual só é tão grande porque os bancos não respeitam a legislação como deveria, e ainda usufruem de benefícios fiscais e sonegação de impostos.
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