Camila foi presa e algemada ao tentar proteger alunos de ação violenta da polícia.
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O SEEB-MA repudia a prisão da professora de sociologia e coordenadora do Sinsasefe (GO), Camila Marques, ocorrida nessa segunda-feira (15/04), no campus de Águas Lindas do Instituto Federal de Goiás (IFG).
Camila foi presa, algemada e teve seu celular apreendido, nas dependências do IFG, após filmar a ação truculenta de policiais civis na tentativa de proteger três de seus alunos, que – segundo denúncias não comprovadas – estariam planejando um ataque na escola, nos moldes do de Suzano (SP).
Conduzida à delegacia, juntamente com os menores, a professora alega que lhe foi negado o direito a um advogado. Na ocasião, Camila afirmou, ainda, que foi agredida – verbal e fisicamente – pelos agentes policiais, os quais teriam intimidado o médico a não apontar as lesões sofridas por ela no exame de corpo de delito.
No fim do dia, todos foram liberados sem que nada fosse comprovado contra os estudantes, que são negros, com boas notas, da periferia e militantes do movimento estudantil.
Diante disso, o SEEB-MA critica a ação abusiva e violenta da polícia, reflexo da política de repressão do Governo Bolsonaro, que tenta transformar espaços de ensino em locais de doutrinamento de seres humanos para serem subservientes ao Capital.
“Porém, esse Governo não nos calará. A nossa luta contra o preconceito, contra a repressão nas escolas, por nenhum direito a menos e, sobretudo, por nossas vidas continuará!” – afirmou a diretora do SEEB-MA, Gerlane Pimenta.
Confira, na íntegra, a edição digital de março/2024 - edição extra do JB
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