Objetivo é reduzir ainda mais quadro de funcionários sob o pretexto de enfrentar os bancos digitais.
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Depois do Itaú, do BB e da Caixa, foi a vez do Bradesco lançar, na quinta-feira (29/08), um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV). Esse é o segundo PDV realizado pelo banco em pouco mais de dois anos. O objetivo da empresa é reduzir ainda mais quadro de funcionários sob o pretexto de enfrentar a concorrência dos bancos digitais.
Outra desculpa é o tal avanço tecnológico que, segundo o Bradesco, permite maior produtividade com menos pessoal, menos agências físicas e atendimento digital, desconsiderando as realidades regionais, como a do Maranhão, cuja população possui acesso precário à Internet.
O prazo para adesão dos bancários ao PDV vai de 2 de setembo a 16 de outubro. O público-alvo são os bancários com mais de 20 anos de banco, os já estão aposentados, os que estão prestes a se aposentar, além de reintegrados, bem como dirigentes sindicais, cipeiros e outros empregados com estabilidade.
Para aqueles que decidirem aderir, o incentivo é o pagamento de 60% do salário por ano trabalhado, limitado a 12 salários do empregado, assim como 18 meses de plano de saúde e seis meses de cesta-alimentação.
“Ou seja, o banco quer se livrar de trabalhadores mais experientes, com estabilidade e com histórico de doenças ocupacionais ocasionadas pela exploração a que são submetidos nas agências diariamente, oferecendo, ainda, incentivos financeiros rebaixados, que logo acabarão, podendo colocar em risco o futuro dessas pessoas, que terão dificuldades em encontrar um novo emprego ou manter a sua saúde em meio a essa crise instalada no Brasil” - avaliou o diretor do SEEB-MA e bancário do Bradesco, Cláudio Costa.
Diante disso, o SEEB-MA reafirma: pense bem antes de aderir ao PDV.
Seu futuro pode estar em jogo!
*** Matéria originalmente postada em 02/09/2019.
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!