Após denúncia do Ministério Público, a Justiça do Trabalho proibiu o Bradesco de praticar assédio moral contra os seus empregados, no Rio de Janeiro. A exemplo do que ocorre no Maranhão, os bancários cariocas sofriam com a cobrança excessiva para o cumprimento de metas.
Para se ter ideia, aqueles que não conseguiam atingir os resultados almejados pelo banco eram ameaçados de demissão em reuniões e conferências via celular, sendo, ainda, impedidos de sair das agências no fim do expediente caso a meta do dia não fosse alcançada.
Além disso, ficou provado nos autos que o Bradesco estava demitindo os funcionários vítimas de “saidinhas bancárias”, mesmo se o sequestro não culminasse com a entrega de dinheiro aos bandidos.
Como se não bastasse, o assédio moral recaía também sobre os trabalhadores que retornavam ao trabalho após afastamento por doença, os quais eram penalizados com a perda de função ou eram isolados em setores menos importantes das agências.
De acordo com o parecer do Ministério Público entregue à Justiça, o Bradesco viola de modo permanente os direitos humanos dos seus empregados, sem qualquer preocupação em reverter esse quadro, informação esta comprovada por dados da Previdência Social, que atestam o número alarmante de adoecimentos envolvendo funcionários do banco, que sofrem, principalmente, com transtornos mentais.
Diante disso, a Justiça do Rio determinou ao Bradesco que se abstenha de diversas práticas que configuram o assédio moral, tais como: “uso de palavras agressivas, cárcere privado ou qualquer outro comportamento que submeta a constrangimento físico ou moral, a fim de coagir, pressionar ou intimidar o trabalhador no processo de cobrança por cumprimento de metas; conduta discriminatória com relação a padrão estético e a empregados reintegrados após período de afastamento por motivo de saúde ou em decorrência de decisão judicial”.
Caso descumpra a decisão, o banco estará sujeito à multa de R$ 50 mil por cada item não observado.
“Vale ressaltar que o SEEB-MA já está tomando todas as medidas cabíveis para denunciar o Bradesco, a fim de que essas condutas assediadoras também sejam coibidas nas agências do banco, no Maranhão, a fim de garantir um ambiente de trabalho saudável aos bancários do Estado” – afirmou o bancário do Bradesco e diretor do Sindicato, Cláudio Costa.
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