Instituições lucram à custa da exploração dos bancários e da população.
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Os cinco maiores bancos que atuam no Brasil lucraram, juntos, mais de R$ 50 bilhões somente no primeiro semestre de 2019. Para se ter ideia, somente com a cobrança de tarifas abusivas aos clientes, as instituições financeiras faturaram R$ 69,9 bilhões de janeiro a junho.
Essa receita com tarifas, 4,5% superior à auferida no mesmo período do ano passado, é mais do que suficiente para cobrir as despesas com pessoal, bem como o pagamento da PLR dos bancários. Em contrapartida, apesar de todo esse lucro, os bancos continuam com sua política de demissões, dificultando o crescimento econômico e aumentado o desemprego no país, que já assola aproximadamente 13 milhões de brasileiros.
Para piorar, nos últimos 12 meses, Caixa, Banco do Brasil e Itaú cortaram mais de 4.500 postos de trabalho. Como se não bastasse, os bancos seguem fechando agências físicas para investir no atendimento digital. Somente o Itaú fechou 199 unidades nos últimos meses, seguido do Bradesco (119), BB (48) e Caixa (12).
Para o SEEB-MA, a postura dos bancos no Brasil é preocupante, pois além de acentuar as desigualdades sociais e a concentração de renda, o setor financeiro atua ativamente no crescimento do desemprego, na piora da economia nacional e, sobretudo, no achatamento do salário dos bancários, na perda de direitos, nas péssimas condições de trabalho e de atendimento, adoecendo, assim, a categoria e precarizando os serviços prestados à população. “Isso é inadmissível. Com todo esse lucro, os bancos deveriam abrir mais agências, contratar mais bancários, melhorar o ambiente laboral, garantindo salários dignos aos bancários e atendimento digno a população” – afirmou o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan.
Confira, na íntegra, a edição digital de março/2024 - edição extra do JB
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