Governo recua e tira da MP 927 a possibilidade dos patrões suspenderem salários por até 4 meses.
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Após forte pressão da sociedade e com a imagem bastante desgastada em razão de sua conduta irresponsável em relação à pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e retirou da Medida Provisória 927/2020 o artigo que autorizava o corte de salários dos trabalhadores por até 4 (quatro) meses.
Apesar do recuo, a MP continua sendo perversa com o povo brasileiro, pois permite que os patrões reduzam em até 25% os salários dos empregados que estão trabalhando remotamente, afastando, também, a possibilidade da contaminação pelo Covid-19 ser considerada acidente de trabalho.
“É incrível como o Governo Bolsonaro vai na contramão de tudo e de todos. Enquanto diversos países prometem pagar até 80% dos salários dos trabalhadores, que estão impossibilitados de trabalhar devido à pandemia, aqui no Brasil o presidente manda cortar salários, a fim de beneficiar os patrões” – afirmou o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan.
Eloy Natan criticou, ainda, o discurso do presidente em rede nacional nessa terça-feira (24/03) que, contrariando as recomendações das autoridades de saúde do mundo inteiro, inclusive do seu próprio governo, conclamou a população a voltar à normalidade.
"Esse é mais um discurso infeliz de Bolsonaro, que confunde e coloca em risco os brasileiros, com o intuito de beneficiar a classe patronal, reforçando, por exemplo, o posicionamento dos bancos, que insistem em manter as agências bancárias abertas, aglomerando pessoas e ajudando na propagação do vírus no país. É lamentável. Só nos resta ignorá-lo - finalizou.
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