Direção da Cassi informou que pretende penalizar os associados com o aumento da coparticipação.
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Ao invés de reconhecimento pelo alcance de mais um recorde de lucro, os funcionários do Banco do Brasil foram surpreendidos com uma péssima notícia, que pode resultar na redução dos seus salários: o aumento da coparticipação na Cassi.
A Diretoria e o Conselho Deliberativo do plano soltaram essa “bomba” em reunião na segunda-feira (14/11), quando apresentaram às entidades representativas dos empregados do BB, o déficit de R$ 366 milhões no Plano Cassi Associados.
Na ocasião, a Direção da Cassi informou que pretende penalizar os associados com o aumento da coparticipação de 30% para 50% em consultas e de 10% para 30% em serviços, sem nenhuma contrapartida do BB e sem discussões com a categoria.
Para o presidente do SEEB-MA, Dielson Rodrigues, esse aumento na coparticipação é inadmissível, ainda mais diante do lucro recorde de quase R$ 23 bilhões (até set/2022), que superou até mesmo a expectativa da direção do BB.
“O lucro foi maior do que o dos principais bancos privados, o que demonstra a exploração dos bancários, por meio do assédio moral e da pressão por metas que desafiam até mesmo a matemática, uma vez que, para ser bonificado com premiações, o empregado tem que atingir 150% da meta e não 100%” – criticou.
Dielson reclamou, também, da política de gestão do BB, do lucro pelo lucro, que só visa garantir resultados para acionistas à custa do encarecimento do plano de saúde dos empregados e do adoecimento destes, em desprezo ao papel social do banco.
Como não bastasse, o BB - juntamente com uma parte da atual Diretoria da Cassi - escondeu aquele déficit milionário para viabilizar a chapa que tinha como candidatos, nas últimas eleições do plano, figuras que recebiam apoio do banco e dos então diretores com assento na Diretoria Executiva da Cassi, a exemplo de Carlos Emílio Flesch, diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes.
Como dito, o resultado dessa artimanha apareceu agora: essa proposta vergonhosa da Diretoria da Cassi, a fim de aumentar o valor pago a título de coparticipação pelos associados – a fim de equacionar o déficit do plano, mas jogando toda essa conta, no contracheque dos empregados do BB, sem qualquer contrapartida do banco.
“Não vamos aceitar isso. Afinal, esse aumento causaria um impacto gigantesco no salário dos empregados, uma vez que saímos de uma negociação coletiva sem aumento real e agora, com mais esse custo, nossos vencimentos podem ficar muito menores do que recebíamos em 2019. Um absurdo!” – afirmou Dielson.
A reunião do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB ocorreu na segunda-feira (14/11) com um empate na decisão sobre a implementação do aumento da coparticipação: os 4 conselheiros eleitos votaram contra o aumento da coparticipação e os 4 indicados do banco votaram a favor. “Vamos lutar contra esse abuso da Cassi” – finalizou o presidente do SEEB-MA.
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