DESTAQUE / EDITORIAL

Bancos continuam lucrando muito. Em contrapartida, adoecem, precarizam o trabalho e demitem bancários

Contudo, a nossa luta por emprego, saúde, trabalho digno e respeito para os bancários continua!

10/11/2023 às 13:27
Ascom/SEEB-MA

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Os principais bancos que atuam no Brasil começaram a divulgar os lucros obtidos nos nove primeiros meses de 2023. Nenhuma surpresa. Itaú e BB, por exemplo, já lucraram cada um R$ 26 bilhões de janeiro a outubro. O Santander, mais de R$ 7 bilhões no mesmo período e a tendência é que Bradesco e Caixa continuem a bater recordes de lucratividade.

Em contrapartida, enquanto o Governo e os banqueiros abarrotam os seus cofres, os bancários – responsáveis por esses resultados – sofrem com todo o tipo de ataque. No Itaú, a onda de demissões e de abusos continua no Maranhão. Já no Banco do Brasil, problemas estruturais em agências persistem até hoje, como é o caso do prédio da Praça Deodoro, em São Luís. Sem falar na perseguição aos caixas executivos.

Quanto à Caixa, não faltam problemas: quadro escasso de pessoal, unidades sem ar-condicionado e a tentativa desenfreada do banco de inviabilizar o Saúde Caixa, colocando em xeque a vida dos empregados da ativa e dos aposentados. Tão grave é a situação no Bradesco com suas metas inalcançáveis, cobranças desumanas desde o raiar do dia, fechamento de agências, assédio, demissões imotivadas e adoecimento.

Por sua vez, no Santander, a precarização do trabalho só aumenta com a terceirização irregular, com as práticas antissindicais e demais ataques comuns aos bancos privados. Não é diferente também no BASA e no BNB, que insistem em não respeitar direitos (respectivamente, o piso dos engenheiros, a PLR/2015, etc.) perseguir determinados grupos e dificultar ao máximo o respeito aos direitos do funcionalismo.

“Felizmente, seja pela atuação política ou jurídica, o SEEB-MA tem obtido vitórias importantes em defesa dos bancários maranhenses. Contudo, exigimos dos bancos compromisso social, pois com toda essa lucratividade ano após ano, os bancários merecem valorização e não exploração, demissão ou adoecimento. Contem conosco, companheiros e companheiras, a nossa luta por emprego, saúde, trabalho digno e respeito continua” – afirmou o presidente Dielson Rodrigues.