SEEB-MA, SEEB-RN e SEEB Bauru participaram de ato público em São Paulo.
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O SEEB-MA, o SEEB-RN e o SEEB Bauru/SP – entidades ligadas à FNOB – realizaram na quinta-feira (16/1), o “Dia Nacional de Luta Contra a Reestruturação do Banco do Brasil”. O ato ocorreu em frente à agência localizada na Praça Rui Barbosa, no Centro de Bauru.
Uma das medidas da reestruturação foi a alteração da dotação de funcionários em cada agência. Subitamente, milhares de escriturários foram considerados “em excesso” em seus locais de trabalho. Com isso, terão de ser realocados para outras unidades.
“Um banco que lucra quase R$ 40 bilhões por ano precisa diminuir o número de funcionários? Precisa sobrecarregá-los? Isso é uma aberração” - criticou Paulo Tonon, diretor do SEEB Bauru.
Caixas
Apesar de existir a possibilidade dos caixas se candidatarem à função de assistente, não há vagas suficientes para todos. Inclusive, muitos já foram avisados pelo banco que não serão mais acionados para a função, ou seja, serão descomissionados. A supressão do adicional de gratificação da atividade impõe perdas de mais de R$ 1.500 aos trabalhadores.
Além disso, para concorrer às vagas, o BB impôs como pré-requisito a realização de um curso de reciclagem. Contudo, com a sobrecarga de trabalho diária, ou por conta de licença, ou férias, os caixas não têm como cumprir essa determinação.
Robério Paiva, diretor do SEEB-RN, criticou a decisão do BB de deixar apenas um caixa em cada agência. “Os bancários vivem sob pressão, é muito serviço para poucos funcionários. Na pele todos estão sentindo a dor de estar trabalhando em um setor altamente adoecedor, com muita pressão e assédio moral. Ao invés de tirar, o BB tem que ampliar, contratar e chamar novos concursados, para que ele volte a ser um banco digno de se trabalhar”, declarou.
Sem atendimento especializado nos caixas e com o quadro reduzido de funcionários nas agências, haverá ainda mais filas e precarização. “Temos que construir uma paralisação a nível nacional para mostrar para a população, governo e direção do Banco do Brasil, que é impossível e imoral reduzir o quadro de trabalhadores dos caixas, que atendem, principalmente, os mais necessitados, como os aposentados e os pensionistas, que serão obrigados a usar apenas os caixas eletrônicos”, defendeu Marcos Tinôco, diretor do SEEB-RN.
“A gente não pode aceitar calado essa reestruturação perversa. O BB cumpre hoje uma função social imprescindível em todas as cidades do Brasil, sobretudo, não só no atendimento às carteiras comerciais, mas também como intermediador de algumas políticas do governo federal. É inadmissível que o banco deixe a população sem o atendimento dos caixas”, finalizou Francisco Sousa, coordenador do SEEB-MA.
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!