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DESTAQUE / CAMPANHA SALARIAL

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Conheça os problemas da proposta da Fenaban

Mais uma vez, os banqueiros ofereceram um acordo com validade de dois anos.

06/10/2016 às 05:01
Ascom/SEEB-MA
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A Fenaban apresentou nova contraproposta para a categoria bancária nesta quarta-feira (05/10), em São Paulo. Mais uma vez, os banqueiros ofereceram um acordo com validade de dois anos.

O SEEB-MA orienta a rejeição da proposta.

Para este ano, a oferta contempla reajuste salarial de 8%; abono de R$ 3,5 mil; 15% no vale alimentação; 10% no vale refeição; 10% no auxílio creche-babá e licença-paternidade de 20 dias.

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), as regras seriam as mesmas da convenção coletiva anterior, com o reajuste, abaixo da inflação, de 8%.

Para 2017, a proposta é de reajuste com base no INPC mais 1% de aumento real sobre os salários e outras verbas. Sobre os dias de greve, a Fenaban afirmou que serão abonados.

Assembleias para avaliação de propostas

A assembleia será conjunta, a partir das 18h, na sede do SEEB-MA, na Rua do Sol, Centro de São Luís. Em Imperatriz, a assembleia ocorrerá no mesmo horário, na sede da regional, na Rua Maranhão, Centro.

Principais problemas da proposta da Fenaban

1. O maior problema é aceitar um acordo com validade de dois anos. Isso permitiria aos banqueiros e ao Governo Federal, por exemplo, aplicar com mais facilidade os planos de terceirização, reestruturações, privatizações, demissões e PDV's. Em um cenário de altos lucros e rentabilidade do setor financeiro significaria, também, abrir mão de buscar conquistas para categoria por dois anos.

2. Sobre o índice de 8%, não repõe nem a inflação do período, que é de 9,62%. Um reajuste abaixo da inflação significa uma redução real nos salários, que já estão achatados. Além disso, com a volta do abono, os bancos querem economizar com FGTS, INSS, 13º e férias, bem como reduzir, ainda mais, suas contribuições às caixas de assistência, planos de saúde e de previdência complementar, que estão baseadas no salário.

E agora? O que fazer?

A Fenaban tentou impor a compensação obrigatória dos dias parados. Agora, ameaça descontar os dias parados caso as propostas não sejam aceitas nas assembleias desta quinta-feira (06/10). A discussão dos dias parados surge para encobrir o ataque do acordo bianual e do índice rebaixado.

As assembleias serão separadas por banco na maior parte do país (Privados, BB e Caixa). Todos os sindicatos devem convocar os grevistas, que são em maior número, para ir às assembleias rejeitar a proposta da Fenaban. Nunca a categoria fez uma greve tão longa, com nível tão alto de mobilização e adesão (inclusive de setores de comissionados do BB e da Caixa). Por isso, os bancários têm condicções de dobrar a intransigência dos patrões, especialmente nos bancos públicos.

Greve continua!

Vamos à luta nesta quinta-feira (06/10). A greve continua. Todas as assembleias do país precisam rejeitar essa proposta absurda! No Maranhão, os piquetes serão realizados desde cedo.

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