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PLANTÃO / REFORMA DA PREVIDÊNCIA

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Fala de Temer em rede nacional de rádio e TV é deboche da cara do povo

27/12/2017 às 07:31
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Seria cômico, se não fosse trágico. Em plena noite de Natal, Michel Temer teve a cara de pau de fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para falar de supostos “avanços” de seu governo e defender as reformas Trabalhista e da Previdência.

O vídeo de cinco minutos é de um cinismo sem tamanho, num verdadeiro deboche da cara dos trabalhadores brasileiros. Em um discurso mentiroso que afirma que 2017 foi um ano “de conquistas importantes”, o presidente faz uma série de afirmações sem qualquer relação com a dura realidade da população.

Temer poderia ter falado sobre os escândalos de corrupção, a vergonhosa compra de votos que o livrou de ser afastado e se tornar réu, sobre os cortes no Orçamento que aprofundaram o caos nos serviços públicos no país, os ataques aos direitos trabalhistas, sobre a política privatista e de entrega do patrimônio e riquezas nacionais, que fazem que seu governo seja o mais impopular e rejeitado da história. Ou ainda da maior Greve Geral das últimas décadas e fortes mobilizações nacionais realizadas pelos trabalhadores brasileiros este ano contra esses ataques.

Mas em seu balanço de governo, Temer afirmou que o país “saiu da recessão”, que “a inflação está abaixo do piso” e que “baixou os preços dos alimentos e aumentou o poder de compra dos brasileiros”. “Está mais barato para comer, para vestir, para morar. Está mais barato para viver”, disse.

As declarações são um escárnio quando neste ano os preços administrados pelo próprio governo, como as tarifas de energia elétrica, gás de cozinha e combustíveis, acumulam reajustes recordes, que tornaram o custo de vida da população, principalmente a mais pobre, insuportável.

O preço da gasolina já beira os R$ 5 em algumas cidades do país. O gás de cozinha pode ser encontrado por inacreditáveis R$ 80 em algumas regiões, o que ficou proibitivo para muitas famílias, que precisaram voltar a usar fogões improvisados a lenha ou álcool.

Temer teve a cara de pau dizer ainda que este ano mais de 1 milhão de postos de trabalho foram criados e que com a Reforma Trabalhista o número de vagas criadas será maior. Outra mentira absurda.

Seja por que as vagas criadas mal aliviam a fila de mais de 23 milhões de desempregados no país, seja por que os postos criados são de trabalhos precários e mal remunerados, ou por que é com a Reforma Trabalhista que as empresas estão aumentando ainda mais a exploração. Que o digam os milhares de trabalhadores de universidades, como da Estácio, ou de hospitais, que estão sendo demitidos, para serem substituídos por outros com salário menor. Ou ainda, as decisões de alguns juízes do trabalho que, baseados na Reforma Trabalhista, estão condenando trabalhadores a pagar custas de processos que estão sendo ganhos pelas empresas.

Temer voltou a defender a aprovação da Reforma da Previdência, cuja votação está prevista para ocorrer em 19 de fevereiro de 2018. Repetindo a mentira de que a medida é para “garantir as aposentadorias de hoje e amanhã”, elogiou a aprovação da reforma na Argentina. “A Argentina num gesto consciente e de união deu exemplo e acaba de aprovar a sua reforma. Tenho plena convicção que os nossos parlamentares darão seu voto e seu aval para que isso também aconteça aqui”, disse.

Temer só não falou das grandes manifestações do povo argentino que sacudiram o país, chegando a adiar a aprovação da medida e indicam forte resistência às reformas que o governo Macri ainda pretende aprovar no próximo período.

2018 começa com a tarefa de derrotar Temer, o Congresso e suas reformas

O cinismo e a cara de pau deste pronunciamento demonstram que Temer está disposto a tudo para tentar aprovar a Reforma da Previdência, a principal exigência de banqueiros e grandes empresários antes do apagar das luzes desse governo corrupto. Mesmo nessa última semana do ano, Temer estará em Brasília para avançar nas articulações para fechar o texto da Reforma da Previdência que irá à votação e fechar apoios.

Portanto, é preciso organizar a resistência e a mobilização dos trabalhadores desde os primeiros dias de 2018.

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