O Banco Santander lucrou R$3,485 bilhões no 1º trimestre de 2019, de acordo com Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Isso significa um crescimento de 21,9% em relação ao mesmo período em 2018. O ganho obtido no Brasil representou 29% do rendimento global, que foi de € 1,840 bilhões (com alta de 10,4% no período).
Segundo o balanço do banco, a receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,6% em doze meses, o que totalizou R$ 4,5 bilhões. Em contrapartida, as despesas de pessoal mais PLR subiram apenas 0,4%, atingindo R$ 2,3 bilhões. Desta forma, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 195% no 1º trimestre de 2019.
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 9,3% em todo o ano e atingiu R$ 386,9 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 20,1% e chegaram a R$ 136,6 bilhões, impulsionadas por cartão de crédito (25,4%), crédito consignado (25,2%) e crédito imobiliário (14,3%).
Já a de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 51,4 bilhões, com crescimento de 17,9% em relação a março de 2018. Do total desta carteira, R$ 45,2 bilhões (87,4% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, que apresentou aumento de 18,1% no período.
Mesmo com altos lucros, no primeiro trimestre de 2019, o banco abriu apenas 220 postos, menos da metade do número de postos fechados em 2018 (623). A holding encerrou 2018 com 48.232 empregados.
Para se ter uma ideia, o Santander tem paliativamente crescido lucro em cada trimestre e o Brasil representa a maior fatia do lucro do banco no mundo. Isso deveria ser revertido aos funcionários. Hoje um executivo de banco ganha 35 vezes mais do que um caixa. O Santander deveria distribuir melhor o seu lucro, com melhorias nos planos de saúde e previdência, reduzir a cobrança de tarifas e valorizar os trabalhadores que são os que realmente dão lucro para o banco.
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