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Trabalhadores reforçam importância dos sindicatos e defendem mais direitos, aponta pesquisa nacional
O estudo "O Trabalho e o Brasil" mostra que os trabalhadores
seguem defendendo mais direitos, mais proteção e sindicatos
fortes.
05/12/2025 às 08:06
Ascom/SEEB-MA
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A pesquisa inédita “O Trabalho e o Brasil”, realizada pelo Vox Populi, revela forte reconhecimento da importância dos sindicatos na vida dos trabalhadores e reforça a defesa por mais direitos e melhores condições de trabalho.
O levantamento ouviu presencialmente 3.850 trabalhadores, incluindo assalariados formais e informais, autônomos, empreendedores, servidores públicos, desempregados, aposentados e trabalhadores de aplicativo.
Avaliação dos sindicatos
- 68% consideram os sindicatos importantes ou muito importantes para defender direitos e melhorar as condições de trabalho.
- 67,8% reconhecem o papel das entidades na melhoria das condições de vida.
- 67,1% destacam a negociação e mediação entre trabalhadores e empresas.
- 64,3% apontam os sindicatos como defensores dos direitos trabalhistas.
- 52% afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a atuação sindical.
Entre os jovens, a percepção positiva é ainda maior, especialmente nas regiões Nordeste e Sul, onde os índices de reconhecimento do papel sindical ultrapassam 70%. A pesquisa também aponta que mais de 70% defendem o direito de greve e consideram legítima a participação dos trabalhadores em decisões que afetam suas categorias.
Mesmo com a avaliação positiva, mais da metade dos entrevistados afirma não conhecer de perto as ações das entidades que os representam. Esse dado reforça a necessidade de ampliar a comunicação com os trabalhadores, tornando mais visíveis as iniciativas sindicais relacionadas a melhores salários, empregos de qualidade, saúde e segurança, redução da jornada e combate à discriminação.
O estudo também mostra que cerca de 80% defendem o fim da escala 6×1 e que trabalhadores informais e autônomos demonstram forte interesse em organização coletiva. Quase metade gostaria de se filiar a um sindicato e, entre os que já tiveram carteira assinada, mais da metade retornaria ao regime CLT.
Para o SEEB-MA, os dados enfatizam a necessidade de sindicatos fortes para enfrentar metas abusivas, fechamento de agências, precarização e demissões no setor financeiro. O Sindicato afirma que seguirá intensificando a presença nas unidades, defendendo saúde, segurança, valorização para os bancários no estado, e fortalecendo o diálogo com a categoria para ampliar a participação dos trabalhadores e garantir que as pautas coletivas ganhem força.