Romildo Rolim foi destituído do cargo de presidente do Banco do Nordeste.
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O SEEB-MA repudia a pressão feita por políticos do Centrão, que culminou, nessa quinta-feira (30/09), na destituição do presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim.
No lugar do ex-mandatário, assumiu interinamente Anderson Possa, Diretor de Negócios do BNB, que não deve durar muito tempo no cargo. Afinal, segundo informações do Jornal Estadão, o objetivo do Centrão é nomear uma nova gestão para o Banco do Nordeste, alinhada a seus interesses políticos e pessoais, que consistem em repassar o controle da carteira de microcrédito do BNB, avaliada em cerca de R$ 30 bilhões, para os bancos privados.
Para convencer o Governo Bolsonaro a realizar a mudança, o Centrão repercutiu uma denúncia de que o ex-presidente do BNB mantinha um contrato irregular com uma ONG, supostamente ligada ao PT, no valor de R$ 583 milhões, justamente no setor de atendimento ao microcrédito, o que atrapalharia os planos eleitorais do Presidente na região, beneficiando seus adversários políticos.
Para o SEEB-MA, é preciso investigar essa denúncia para saber se, de fato, há indícios de corrupção ou não no contrato com a referida ONG, embora tal suspeita tenha sido descartada por fontes internas do banco. “O que não pode é o BNB ser tratado como moeda de troca. É preciso respeitar a história desse banco de fomento, livrando-o de picuinhas políticas, bem como de ataques do mercado financeiro, que só pensa no lucro. Não vamos permitir que as carteiras de crédito controladas com muita responsabilidade e competência pelo Banco do Nordeste caiam nas mãos do Centrão. Nem que o BNB seja usado como palanque por Bolsonaro. Por um BNB com no foco social e no desenvolvimento regional, vamos à luta” – afirmou o diretor do SEEB-MA, Gilberto Alves.
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